A palavra “gestalt” tem origem germânica e não apresenta
tradução exata para a língua portuguesa, faz alusão ao processo de tomar forma,
de codificar o que colocado diante dos olhos.
O surgimento da Gestalt, ou psicologia da forma ocorreu
no inicio do século XX. A teoria gestaltica tinha por base o princípio de que o
conhecimento do todo é inatingível se apenas se analisa as partes presentes
neste, tendo em vista o fato de que o todo é mais do que a soma das partes que
o compõe, deve ser levado em consideração um terceiro elemento, que seria a
percepção, interpretação de cada um.
Fundadores da Gestalt, Max Wertheimer(1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967)
e KurtKoffka (1886-1940),
depois de 1910, na Universidade de
Frankfurt, discordam da teoria behaviorista, na qual umestimulo desencadeia uma reação.
Wertheimer provou experimentalmente que um mesmo estimulo
pode ser percebido de forma organizada e ao mesmo tempo distinta por diferentes
indivíduos. Tal fenômeno ocorre devido a cada um possuir uma percepção, assim
sendo, cada individuo codifica de forma própria os acontecimento, as
percepções, portanto, divergem umas das outras.
A psicologia da Gestalt se refere ainda a
questão da “figura/fundo” que seria a tendência de organizar as
percepções do objeto sendo visto e do fundo sobre o qual ele aparece. A figura
seria aquilo que procuramos, o foco e fundo seria o contexto no qual a figura
está inserida, como por exemplo: quando você está com fome e busca um
restaurante e o encontra, a figura é o restaurante e o fundo seria a rua. Assim
como as páginas para o livro, as letras para o papel.
A Gestalt é didaticamente
destrinchada em princípios para que haja a percepção de objetos e formas, as
leis da gestalt.
PREGNÂNCIA: A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo
menos a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu
caráter mais simples. É o princípio da simplificação natural da percepção.
Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada.
PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância
a que se encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto
de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se
estiverem distante de seus similares.
SEMELHANÇA: Eventos
semelhantes se agruparão entre si. Essa semelhança se dá por intensidade, cor,
odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições.
EXPERIÊNCIA PASSADA: Esta
se relaciona com o pensamento pré-Gestáltico, que via nas associações o processo
fundamental da percepção da forma. A associação aqui, sim, é imprescindível,
pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se
tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência
passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira
de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta
forma inteira na memória.
CONTINUIDADE: Há
uma tendência de a nossa percepção seguir uma direção para conectar os
elementos de modo que eles pareçam contínuos ou fluir em uma direção
específica.
CLAUSURA: Ou “fechamento”,
o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando
uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual,
como se completássemos visualmente um objeto incompleto.
REFERÊNCIAS:
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes
Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de
psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
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